Olá! Nesse artigo vou falar um pouco sobre fonologia e ortografia.
A importância dessas áreas para o estudo do processo da comunicação e estruturação da língua portuguesa.
A fonologia estuda os fonemas, as unidades sonoras mais simples da língua. Os humanos emitem esses sons elementares pela voz quando exteriorizam os seus pensamentos e emoções.
Através da comunicação falada, pode-se observar e ter recursos específicos dessa modalidade em que as expressões e esforços comunicativos alcançam sua expressividade maior devido as interações na entonação da voz, inflexão e modulação da fala, expressões e interpretações do falante.
Fonemas não são letras
Os fonemas são a realidade acústica emitida pelo falante e registrada por nossos ouvidos; já a letra, é o sinal empregado para registrar na escrita o sistema sonoro de uma língua, balizado pela gramática normativa e com a definição de suas regras de grafia estudadas na ortografia.
Por essas informações, já é possível entender que não se trata de missão das mais fáceis representar o que é falado, pois, por maior que seja os recursos da escrita, sempre é muito complicado representar tudo o que é produzido no processo da fala humana, devido a riqueza interpretativa e diversas formas de expressão.
A sílaba
A cada pulso de emissão de voz em que o fonema ou fonemas são emitidos se convencionou a chamar de sílaba, que em português, tem como base a vogal. As consoantes não soam sozinhas, sempre são acompanhadas por uma vogal.
Quanto ao número de sílabas, podemos ter:
- monossílabos – formados com uma só sílaba: pé, mão, há, etc.
- dissílabos – formados com duas sílabas: mato, casa, livro, etc.
- trissílabos – formados com três sílabas: menino, escola, cidade, etc.
- polissílabos – formados com mais de três sílabas: casamento, atitude, unanimidade, etc.
E, quanto a acentuação dessas sílabas, temos as:
- oxítonas – quando a sílaba tônica é a última: guarani, cipó, Paraná, etc.
- paroxítonas – quando a sílaba tônica é a penúltima: cantava, conhecido, revólver, etc.
- proparoxítonas – quando a sílaba tônica é a antepenúltima: rápido, límpido, austríaco, etc.
Alfabeto – representação gráfica dos fonemas
Quanto a representação gráfica dos fonemas temos o alfabeto português formado fundamentalmente por vinte e três letras:
a, b, c, d, e, f, g, h, i, j, l, m, n, o, p, q, r, s, t, u, v, x, z.
Além dessas vinte e três letras fundamentais do alfabeto, tem-se as letras k, w e y também, que são usadas apenas em casos especiais como na grafia de abreviaturas de símbolos, palavras estrangeiras de uso internacional, nomes próprios estrangeiros, etc.
Os fonemas dividem-se em vogais, semivogais e consoantes.
- vogais: são os sons que resultam das vibrações das pregas (cordas) vocais.
Em sua pronúncia a boca permanece aberta ou entreaberta. São representadas pelas letras a, e, i, o, u.
- semivogais: quando os fonemas “i” e “u” e, em alguns casos, também os fonemas “e” e “o”, juntam-se a uma vogal e são pronunciados com menos intensidade.
A vogal é o núcleo da sílaba, a semivogal nunca desempenha esse papel, sempre é um complemento. Como em: cárie, lousa, nódoa e cães.
- consoantes: são os ruídos ocasionados pela ação dos órgãos da boca (língua, dentes, lábios, etc.) ao criarem obstáculo ou resistência a corrente de ar emitida pelos pulmões, representada pelas outras letras do alfabeto.
Conforme Evanildo Bechara nos ensina, em sua obra Moderna Gramática Portuguesa (Lucerna 2005), a letra h não é propriamente uma consoante, mas um símbolo que, em razão da etimologia e da tradição escrita do nosso idioma, se conserva no princípio de várias palavras, no interior do vocábulo e no fim de algumas interjeições, como em: haver, hélice, hidrogênio, hóstia, humanidade, chave, malho, anti-higiênico, contra-haste, há! hem? puh! etc.
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Encontro vocálico
Os encontros entre vogais são o:
- ditongo: que é o encontro de uma vogal e de uma semivogal, ou vice-versa, na mesma sílaba: pai, mãe, água, cárie, mágoa, rei, etc.
Que podem ser:
- ditongo crescente – que é encontro em que a semivogal vem antes que a vogal: água, cárie, mágoa
- ditongo decrescente – que é encontro em que a vogal vem antes que a semivogal: pai, mãe, rei.
- tritongo – que é o encontro de uma vogal entre duas semivogais numa mesma sílaba: quais, paraguaio, saguão.
- hiato – que é o encontro de duas vogais em sílabas diferente por guardarem sua identidade fonética: saída, caatinga, moinho.
Encontro consonantal
É o seguimento imediato de duas ou mais consoantes em um mesmo vocábulo. Podem estar na mesma sílaba ou em sílabas diferentes.
Encontro terminados por “l” ou “r”: blu-sa; pro-sa; cla-mor; rit-mo; pac-to; af-ta; ad-mi-tir.
O encontro “cs” é representado graficamente pela letra “x”: anexo, fixo.
Dígrafo
Não se confunde dígrafo com encontro consonantal.
Dígrafo é o emprego de duas letras para a representação gráfica de um só fonema: Passo (paço), chá (xá), manhã, palha, etc.
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